Sedentários têm mais problemas de saúde. É o que apontou um estudo do Sesi: 72% dos entrevistados que praticavam exercícios físicos com frequência não tiveram problemas de saúde nos últimos 12 meses da pesquisa. O Brasil, no entanto, é o país mais sedentário da América Latina e o quinto no ranking mundial. No país, cerca de 300 mil pessoas morrem por ano, em decorrência do estilo de vida inativo, aponta a Organização Mundial da Saúde (OMS). Preocupado com o futuro da população, o Conselho Federal de Educação Física (CONFEF) promove, desde 2022, a campanha Abril Verde, mês dedicado ao combate do sedentarismo.
A campanha de 2025 retrata uma jovem que, como muitos outros, se sente pouco motivada para praticar esportes, porque prefere as redes sociais. Ela recebe convites dos amigos para sair e se exercitar, mas permanece em comportamento sedentário, assistindo a vídeos e respondendo mensagens. O sedentarismo atrapalha sua rotina de sono, o que contribui para um estilo de vida ainda mais disfuncional. As consequências mais severas do sedentarismo, no entanto, aparecem no longo prazo.
E o tempo passa para todos. Com a tela dividida, o filme apresenta, de forma sincronizada, a versão do futuro da nossa protagonista, interpretada por uma atriz em outra fase da vida. Com dores e dificuldades para se locomover, a personagem recebe um diagnóstico nada agradável. E o pior: de uma comorbidade que poderia ter sido evitada com a prática regular e orientada de exercício físico. Ela, no entanto, é só mais uma das cerca de 500 milhões de pessoas que adoecerão, até 2030, por doenças evitáveis, causadas pelo sedentarismo (OMS).
“Não queremos que você seja uma delas”, anuncia o narrador. “Você ainda tem tempo, mas o tempo está passando”, completa. No clímax da produção, a solução é apresentada: o Profissional de Educação Física. No roteiro, ele se apresenta como um agente de transformação nas diferentes fases da vida dessa mulher: seja para cultivar a motivação pelo esporte, seja para construir, pouco a pouco, a força muscular, tão importante para a independência e funcionalidade de qualquer pessoa.
Na prática, o CONFEF reconhece que, para superar o sedentarismo, é necessário promover uma reeducação, em prol da saúde. A pessoa que não recebeu, de forma suficiente, as primeiras lições do exercício físico (o que reforça a importância da Educação Física Escolar) não aprendeu como fazer. “Muitas vezes, achamos que as pessoas não querem se exercitar, mas elas simplesmente não sabem”, afirma Ricardo Catunda, Doutor em Ciências da Educação.
Neste contexto, o Profissional de Educação Física atua como um (re)educador: ele torna o processo de aprendizagem motora mais viável, mais alegre e mais confortável. “Além disso, este profissional possui formação adequada para a orientação eficaz e segura do exercício. Afinal, atividade física praticada de forma inadequada pode levar a uma lesão, afastando o interessado da vida fisicamente ativa, agravando um quadro que já é ruim”, afirma Claudio Boschi, presidente do CONFEF.
Estes profissionais, no Brasil, somam mais de 650 mil, devidamente registrados nos Conselhos Regionais de Educação Física. Vale lembrar que a atuação como Profissional de Educação Física sem o registro é ilegal, uma vez que a profissão é regulamentada. Por isso, Profissional de Educação Física, só se for registrado. Busque o nome em confef.org.br e confirme o registro.
Para conhecer melhor a campanha, acesse abrilverde.com. Siga o CONFEF nas redes sociais (buscando por @confef) e, o mais importante, participe do movimento. Sugira aulões temáticos, palestras e outras iniciativas na sua academia. Fale sobre o Abril Verde, divulgue a ideia. Convide seus amigos para atividades esportivas e movimente-se!
Fonte: CONFEF